Retrospectiva de um ano qualquer
Retrospectiva Em Janeiro, Rio e também posso chorar. Chega fevereiro, de Februo, o Deus da Morte e em meio as cinzas de suas quartas, que se transformam em Algodões, renasço, na linda praia da penísula de Maraú. Me retiro em Yoga, e re-tiro todos os tiros que me alvejaram. Da Dor, Amor e os dois rimam. Em Março, Jericoaquara e Fortaleza me torno. Na aldeia cearence, força e beleza, Fortaleza, a Pedra que por Furada, em areia de duna, mais bela se torna do que quando sólida. Maio,Morro em Ti, ainda morro de saudade, em Morro de São Paulo. O conjunto de quatro praias albergado na ilha de Tinhoré: algo como uma exótica conjugação pretérita do verbo Ter. Tinho-ré. Ter, em um passado perfeito -tinha-, que se torna imperfeito pela condição de ser passado. Em marcha dianteira -RÉ -. O avesso de ter. Em Tinhoré, ao te perder, me reconstruo.